O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 46,8 milhões para a PD Case Informática, empresa mineira de software que desenvolve soluções para bancos e órgãos públicos. O recurso será destinado à criação do PD Bank 3.0, uma plataforma de inteligência artificial (IA) voltada ao setor financeiro e desenhada para suportar serviços em nuvem, APIs e soluções de banking as a service (BaaS).
Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo
A aposta é substituir os produtos atuais da companhia por um sistema mais moderno, capaz de integrar rapidamente novos serviços financeiros, como emissão de cartões, Pix, concessão de crédito e gestão de contas, além de abrir espaço para que empresas de outros setores lancem suas próprias soluções financeiras.
“O projeto está totalmente alinhado à política industrial do governo Lula, a Nova Indústria Brasil”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Não apenas as instituições financeiras poderão se beneficiar, mas também outros segmentos do mercado. Um supermercado, por exemplo, pode usar a plataforma para criar produtos financeiros, como oferecer um cartão próprio.”
Para a PD Case, o apoio do BNDES marca um novo ciclo de crescimento. “O apoio fortalece nossa capacidade de inovar e expandir soluções digitais que democratizam o acesso a serviços financeiros no Brasil”, afirmou Rafael Evangelista, sócio-diretor da empresa. “Com a nova plataforma, vamos acelerar a transformação digital do setor, oferecendo tecnologia de ponta baseada em IA para bancos, fintechs, correspondentes bancários e empresas que queiram operar no modelo BaaS.”
Expansão do crédito para IA
Segundo balanço divulgado em junho, o BNDES já atingiu a marca de R$ 1 bilhão em crédito aprovado para projetos de IA, sendo R$ 561 milhões destinados a integradores e desenvolvedores de aplicações — entre eles fintechs e healthtechs.
A PD Case é hoje fornecedora de soluções para bancos públicos, fintechs, agências de fomento regionais e órgãos governamentais, com softwares aplicados em instituições como BNB, BRB, Banese, Banestes, Basa e até secretarias estaduais de Fazenda e tribunais de contas.
Com 22 softwares registrados no INPI e investimentos de R$ 20 milhões em P&D só no ano passado, a companhia busca consolidar-se como peça-chave na infraestrutura de Open Finance, Pix e BaaS no Brasil.