Foto: Reprodução
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Os testes da portabilidade de crédito via sistema Open Finance começaram nesta semana com a participação de 26 instituições financeiras. O piloto abrangerá exclusivamente crédito pessoal sem garantia e será conduzido em ambiente fechado, com simulações entre bancos e fintechs, sem exposição direta ao consumidor final. A expectativa é que o recurso seja lançado publicamente em fevereiro de 2026.

A partir desses testes, as empresas participantes irão avaliar toda a jornada da portabilidade de crédito: desde a proposição da nova oferta, passando pela interface que sinalizará ao usuário qual é a mais vantajosa, até a execução digital completa da operação. Uma interface com cores verde e vermelha deve ajudar na decisão, além da divulgação em reais da diferença entre propostas.

“Chegamos agora mais diretamente ao crédito, em linha com nossa busca de impactar positivamente o consumidor financeiro e trazer benefícios concretos às pessoas que mais precisam e sofrem hoje com o custo do crédito”, afirmou Ana Carla Abrão, diretora-presidente da Open Finance Brasil, segundo a “CNN”.

O cronograma de testes vai até janeiro de 2026, e novas instituições poderão aderir nesse período. As estimativas iniciais já apontam para um processo competitivo onde o usuário poderá migrar de uma instituição para outra em cinco dias, contra prazos muito maiores atualmente.

Portabilidade de crédito trará maior transparência

Para o usuário, a portabilidade de crédito digital promete maior transparência, velocidade e poder de escolha. Isso significa que propostas que antes demoravam ou exigiam burocracia poderão ser avaliadas com clareza, e a migração entre credores será facilitada. Para as instituições, o movimento representa uma nova dinâmica competitiva que exige adaptação rápida: interfaces intuitivas, processos ágeis e foco em retenção.

O anúncio reforça que o Open Finance deixa de ser apenas sobre dados bancários, agora também está ligado à liquidez e ao crédito direto. O piloto marca o início de uma virada, com expectativas de expansão para outras linhas de crédito além da pessoal sem garantia. A evolução dependerá tanto da maturidade das instituições quanto da regulação que venha a acompanhar esse movimento.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.