Depois da Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay, o Banco Central (BC) retirou temporariamente do Pix mais três instituições: a Voluti Gestão Financeira, a Brasil Cash e a S3 Bank. A razão da decisão foi a suspeita da entidade delas terem recebido desviados no ataque cibernético contra a provedora de serviços tecnológicos C&M Software, no início deste mês.

Foto: FreePik

De acordo com informações preliminares, o órgão avaliará se essas empresas tiveram alguma relação com o ataque que desviou pelo menos 530 milhões de reais de recursos de contas que os bancos mantêm como reserva na autoridade monetária.

Segundo a resolução, o BC pode “suspender cautelarmente, a qualquer tempo, a participação no Pix do participante cuja conduta esteja colocando em risco o regular funcionamento do arranjo de pagamentos”.

A ideia é que essa interrupção preserve a integridade do arranjo de pagamentos e proteja os usuários. A medida foi tomada até a conclusão das investigações sobre o recente desvio de recursos identificados na infraestrutura financeira.

Como responderam as empresas à suspensão do Pix

A Transfeera confirmou que a função Pix foi desativada temporariamente. Apesar da suspensão, a empresa especializada na gestão financeira para negócios afirmou que os demais serviços permanecem em operação.

“Nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana e estamos colaborando com as autoridades para liberação da funcionalidade de pagamento instantâneo”

- Transfeera, em nota

A Brasil Cash reforçou que a paralisação temporária das operações via Pix foi uma precaução adotada pelo Banco Central após o incidente de segurança envolvendo a C&M. Segundo o que foi informado pela empresa em nota, não houve comprometimento de dados de seus clientes, uma vez que seus próprios sistemas não foram invadidos.

“A Brasil Cash está atuando com total transparência junto ao Banco Central, contribuindo com as apurações e implementando reforços adicionais de segurança, inclusive com ajustes nos fluxos de operação do Pix para finais de semana e período noturno. Reiteramos nosso compromisso com a segurança das operações, a conformidade regulatória e a confiança dos nossos clientes e parceiros”

- Brasil Cash, em nota

A Soffy se posicionou um pouco depois relembrando que na prestação de serviços de BaaS, é exclusivamente responsabilidade do “cliente parceiro” o cadastro, KYC e coleta de validação de toda a documentação dos titulares da conta. Diante disso, a fintech apenas faria uma pré-abertura de conta e aguardaria as informações e validações de segurança a serem organizadas pelo cliente parceiro. Veja parte da nota da empresa:

“A Soffy confia na apuração dos fatos pelas autoridades competentes e na justiça para que a verdade prevaleça, resguardando a reputação de uma empresa que investe e atua com seriedade no desenvolvimento da tecnologia brasileira”

- Soffy, em nota

A Nuoro Pay Instituição de pagamento, também veio a público informar seu respeito às normas e que tem adotado uma postura colaborativa, com respostas tempestivas e transparentes às autoridades.

A Nuoro mantém diálogo com as áreas técnicas do Banco Central e informa que medidas legais e administrativas estão em curso, permanecendo à disposição para colaborar com a elucidação dos fatos e com a expectativa de breve restabelecimento de sua normalidade operacional”

- Nuoro Pay Instituição de Pagamento, em nota

As Outras fintechs impactadas, Voluti Gestão Financeira e S3 Bank ainda não haviam se posicionado até o fechamento dessa matéria.

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