O Bradesco começou a testar uma nova funcionalidade com 2 mil usuários internos: o Pix por comando de voz via BIA, sua assistente virtual. O objetivo? Tornar a experiência bancária mais fluida e natural — e transformar a IA de informativa em transacional.

Foto: Reprodução / Bradesco
O anúncio foi feito durante o Super Bots Experience 2025, em São Paulo. Segundo Michel Fernandes, superintendente de inteligência de dados do banco, a expectativa é lançar a funcionalidade ao público até o fim do ano, após a validação dos testes.
Do informativo ao transacional
A proposta não é só liberar um comando de voz para pagar contas. O Bradesco quer que a BIA se torne “agêntica”, ou seja, capaz de executar ações em nome do usuário — com base em linguagem natural e comandos simples. É mais do que automação: é construir uma camada de inteligência que atua como ponto de contato e execução dentro do banco.
Atualmente, a BIA já está habilitada com IA generativa para 6 milhões de clientes, com funcionalidades informativas. O Pix por voz será o primeiro movimento para expandir essa atuação.
A fronteira da segurança
O avanço, claro, traz desafios. Com a BIA ganhando funções ativas, cresce também o risco de tentativas de fraude por engenharia social. Como proteger uma experiência tão fluida quanto uma conversa de ser usada como arma por golpistas?
Fernandes reconheceu o risco: a BIA é conhecida, acessível e pode ser explorada por criminosos. O banco afirma estar construindo mecanismos robustos para garantir autenticação e segurança nos comandos por voz.
Agente de IA, saldo e voz
Além do Pix por voz, o Bradesco tem mais de 11 mil modelos de IA disponíveis internamente, por meio do seu orquestrador Bridge. A ideia é permitir que áreas de negócio criem seus próprios agentes inteligentes — transformando dados e linguagem em ações bancárias.
O Pix por voz é só o começo. A próxima grande batalha dos bancos digitais será disputada com comandos, entonação… e segurança em tempo real.
Com informações do “Mobile Time”.