O Bre-B, sistema de pagamentos instantâneos da Colômbia, não começará a operar em setembro como previsto. Segundo Felipe Acevedo, presidente do Credibanco, a nova data é 9 de outubro de 2025. É a quarta mudança no cronograma desde 2024, quando o Banco da República pediu prorrogação para ajustes tecnológicos.

Foto: Reprodução / LinkedIn

Na prática, o Bre-B deveria ter começado a rodar entre março e maio de 2025. Foi empurrado para julho, depois setembro, e agora outubro. A justificativa oficial é garantir uma operação estável, sem falhas na largada.

O peso da comparação com o Pix

Desde 2022, o Bre-B é tratado como o “Pix colombiano”, pois promete transações 24/7, interoperabilidade regulatória, inclusão financeira e mais competição no mercado. Mas, ao contrário do Brasil, que consolidou o Pix em tempo recorde, a Colômbia ainda tropeça na implementação.

O contexto pressiona: vários países da região avançam em modelos próprios. O Peru já anunciou que terá uma plataforma pública até 2026, e o Brasil consolidou o Pix como infraestrutura crítica em apenas cinco anos. A Colômbia, em contrapartida, segue em compasso de espera.

Um sistema em construção

O Bre-B conecta participantes via Credibanco e Visionamos, a rede de cooperativas financeiras. O Banco da República também trabalha no Drixi, um diretório para entidades que desejam se plugar ao sistema. A promessa é clara: mais eficiência e interoperabilidade. O desafio é entregar isso sem que a marca “Pix colombiano” vire sinônimo de atraso.

O projeto nasce com ambições de transformação digital e inclusão financeira. Mas cada adiamento aumenta o risco de o sistema ser lembrado primeiro pelos atrasos, e só depois pelos resultados.

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