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Descubra quais são os pontos fortes e os pontos fracos do Open Banking, além de entender como funciona o breakeven das fintechs com nomes como Nubank, Neon, RecargaPay, Conta Simples, Cora… e leia mais um pouco sobre boletos e crédito consignado.
Na edição de hoje:
52% dos boletos são liquidados no mesmo dia
Breakeven das fintechs
Quais são os pontos fortes, fracos e preocupações em torno do open banking?
A seguir:
#1 52% dos boletos são liquidados no mesmo dia
Após a implementação das novas regras para cobrança de boletos no Brasil, mais da metade das operações (52%) agora são concluídas no mesmo dia do pagamento (prazo D+0). Isso significa que os valores pagos pelos consumidores chegam aos credores até às 13h30 do dia da transação.
A Febraban reportou 376 milhões de transações entre 18 de março e 18 de abril, totalizando R$ 540 bilhões em movimentações. Destes, R$ 260 bilhões foram repassados aos credores no prazo D+0, enquanto o restante foi liquidado em D+1 (em um dia útil).
O boleto bancário é um dos meios de pagamento mais usados pelos brasileiros para o pagamento de contas de consumo, de escolas, academias, condomínios, planos de saúde, consórcios, financiamentos, cartões de crédito e cobrança entre empresas
A Febraban destaca outras mudanças no setor de boletos, como a implementação da Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR) em julho de 2017. Estima-se que esse sistema ajuda a evitar cerca de R$ 450 milhões em fraudes anualmente.
#2 Breakeven das fintechs
Fintechs estão cada vez mais buscando alcançar o tão almejado breakeven, um marco importante no equilíbrio entre receitas e despesas. Nomes como Nubank, C6 Bank e outros têm se destacado nesse esforço.
No entanto, há preocupações sobre a sustentabilidade desses resultados, especialmente quando as receitas não recorrentes ou não relacionadas ao núcleo do negócio são consideradas.
Sustentabilidade
Para muitas fintechs, alcançar o breakeven tornou-se uma tendência popular, mas há preocupações sobre sua sustentabilidade.
Não há uma fórmula única para atingir esse marco, com algumas empresas optando por reduzir custos, eliminar iniciativas de curto prazo e buscar novas formas de monetização. A RecargaPay, por exemplo, alcançou um lucro líquido de US$ 10 milhões em 2023, após doze anos de operação, diversificando suas receitas por meio de uma ampla gama de serviços financeiros em seu superapp, atendendo a mais de 7 milhões de clientes.
Demissões
O Nubank alcançou seu primeiro lucro anual em 2023, revertendo o prejuízo de 2022, marcando um ponto crucial para o mercado. Enquanto isso, outras fintechs que enfrentaram dificuldades para atingir o breakeven optaram por cortes de pessoal, uma medida adotada para reduzir custos e buscar lucratividade. O Nubank realizou 296 demissões em junho de 2023, enquanto a Cora demitiu 47 funcionários em janeiro do mesmo ano. O C6 Bank também enfrentou cortes, dispensando mais de 500 pessoas em 2023. Embora o banco tenha anunciado lucro mensal em novembro de 2023, retornou ao prejuízo em dezembro, mas divulgou seu primeiro lucro desde sua criação no primeiro trimestre de 2024, totalizando R$ 461 milhões, levantando expectativas sobre sua sustentabilidade futura.
Em outubro de 2023, o Neon realizou um corte significativo de pessoal, somando-se a outras demissões ocorridas no início do ano. Recentemente, a fintech anunciou sua meta de sair do prejuízo, apostando em mais tecnologia, integração de empresas adquiridas e oferta de CDB. A Creditas, por sua vez, alcançou o breakeven em dezembro de 2023 após cortes de custos. A Conta Simples também atingiu esse marco no ano passado, buscando expandir seu produto de cartão de crédito e explorar novas modalidades de crédito. Após seis anos de lançamento, a Swap, empresa de infraestrutura financeira, registrou seu primeiro lucro em dezembro de 2023, mantendo-se positiva no primeiro trimestre de 2024.
#3 Quais são os pontos fortes, fracos e preocupações em torno do open banking?
O open banking está sendo avaliado para determinar seu impacto e sua lucratividade potencial para bancos e fintechs. Há um foco significativo em como esses participantes estão adaptando seus modelos de negócio para capitalizar essa tecnologia. A Omdia observa de perto o desenvolvimento do open banking globalmente, destacando sua importância crescente nos contratos de software bancário entre 2021 e 2023. Isso reflete o interesse dos bancos em atualizar seus sistemas para oferecer serviços similares aos do open banking.

Número de negócios de software bancário principal por área de subsistema, 2021–23. Fonte: Omdia.
O Rastreador de Análise de Contratos de Software Bancário revela que os bancos menores estão mais envolvidos no open banking, vendo-o como uma oportunidade de crescimento rápido.
Pontos Fortes
Conforme observado no relatório Market Landscape: Open Banking da Omdia , ao longo dos anos, o open banking evoluiu juntamente com a infraestrutura moderna, com um número crescente de empresas fintech tentando oferecer uma gama completa de serviços bancários.
Empresas fintech, como OpenPayd e Nuapay, estão oferecendo uma variedade de serviços bancários, destacando a importância de aumentar a conscientização do consumidor e melhorar a experiência para impulsionar as taxas de conversão.
Pontos Fracos
No entanto, a adoção do open banking tem sido mais lenta do que o esperado, devido à experiência do usuário inconsistente e à latência variável nas APIs. A combinação de dados do open banking com outras fontes apresenta desafios de privacidade. A percepção dos consumidores sobre o open banking permanece baixa devido a preocupações com privacidade e segurança. A confiança do consumidor é crucial e a padronização é essencial para lidar com a incompatibilidade entre os sistemas. O setor de open banking busca impulsionar a adoção, focando em casos de uso relevantes e garantindo que a tecnologia atenda às necessidades dos consumidores e instituições.
🔢 Número
R$ 450 milhões
A Stone alcançou um lucro líquido de R$ 450 milhões no primeiro trimestre deste ano – um crescimento de 90% na comparação anual.
O resultado quase que dobrou em base anual, mas não surpreendeu: esse ritmo de crescimento tem sido uma constante nos balanços da Stone. Frente ao último trimestre, no entanto, o lucro da Stone recuou 20,1%.
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