O mercado de inteligência artificial não perdoa quem anda devagar, e a Darwin AI é prova disso. A startup argentina, focada em automação de vendas, anunciou uma rodada seed de US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) liderada pelo fundo americano Base10 Partners, referência em inovação no Vale do Silício.

Lautaro Schiaffino e Ezequiel Sculli, cofundadores da Darwin AI | Foto: Divulgação

É a segunda captação em menos de dois anos. Em 2024, a companhia havia levantado US$ 2,5 milhões com investidores como Canary, FJ Labs e Latitud. “Nem deu tempo de gastar o anterior”, brinca o CEO e fundador Lautaro Schiaffino, que vê o novo aporte como combustível para acelerar frente a uma disputa cada vez mais acirrada em IA.

Brasil no centro do mapa

Embora já atenda clientes em 20 países, a Darwin concentra hoje 30% da base no México e 20% no Brasil. A meta é inverter essa relação, elevando o Brasil para até 40% dos negócios. Para isso, a startup aposta na expansão comercial e em uma rede de parceiros locais, além de reforçar o portfólio.

O produto nasceu como automação de vendas via WhatsApp, mas evoluiu para uma suíte batizada de AI workers: Alba (vendas), Sophia (pós-venda), Lucas (cobrança) e Eva (suporte e satisfação). A proposta é se tornar parceira das empresas na orquestração de agentes inteligentes em múltiplas áreas.

Crescimento com eficiência

Em termos financeiros, a Darwin superou a meta inicial de US$ 1 milhão de ARR para 2025, atingindo mais de US$ 2 milhões já em 2024 — e projeta dobrar novamente em breve. Tudo isso mantendo a operação enxuta, com apenas 15 pessoas no Brasil, apoiada em sistemas internos de IA para escalar sem inflar custos.

Segundo Lautaro, a demanda não vem apenas do mid-market, público original da solução. Empresas de grande porte também têm buscado a startup. “Não imaginava que estavam tão mal atendidas em vendas a ponto de se interessarem por uma solução tão jovem”, afirma.

Se no início a Darwin só queria ajudar PMEs a vender mais pelo WhatsApp, hoje sonha em liderar a categoria de AI relationship em toda a América Latina.

Com informações do “Startups”.

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