Mais de 80 empresas de criptomoedas e fintechs assinaram uma carta enviada ao presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo a suspensão das novas taxas que bancos pretendem cobrar pelo acesso a dados financeiros de consumidores no âmbito do Open Banking.

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O grupo inclui nomes como Gemini, Kraken, Andreessen Horowitz (a16z) e Paradigm, e alerta que a medida, prevista para entrar em vigor em setembro de 2025, enfraquece a liberdade financeira dos cidadãos, limita a escolha do consumidor e pode comprometer a competitividade do setor de tecnologia financeira.
Segundo os signatários, a cobrança de tarifas transfere ainda mais poder para grandes bancos e cria barreiras à inovação em áreas estratégicas como criptomoedas, inteligência artificial e carteiras digitais.
Bancos defendem modelo de cobrança
De acordo com relatos da imprensa, o JPMorgan Chase já teria sinalizado planos de cobrar taxas de fintechs para acesso aos dados de clientes, com preços variando de acordo com o caso de uso. Para os bancos, a cobrança seria uma forma de compensar os custos da infraestrutura e da segurança necessárias para compartilhar informações.
O movimento, no entanto, gera preocupações entre empresas menores, que afirmam que o modelo pode inviabilizar produtos inovadores e reduzir a concorrência no mercado americano.
“Os consumidores devem ter acesso irrestrito aos seus fundos e dados, e os bancos não devem dificultar esse processo”, disse a Gemini em nota. Já a Kraken ressaltou que a disputa ultrapassa o setor cripto: “As taxas propostas comprometem os fundamentos do dinheiro programável e do Open Finance”, segundo o “The Paypers”.