Que o mercado de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) se sofisticou nos últimos anos, ninguém tem dúvida. Mas, como era de se esperar, o “boom” de oportunidades também traz consigo novos desafios. Essas eventuais adversidades (e suas soluções) foram tema debatido por João Fiuza (One 7) e Michel Rubin (M8 Partners) em painel na Febraban Tech 2025.

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Para Fiuza, CEO da fintech especializada em securitização de recebíveis, o fortalecimento dessa indústria atraiu um volume expressivo de capital, o que é positivo, entretanto, aumentou consideravelmente o número de “players” disputando o mesmo público.
“Na indústria dos empresários de securitização dos recebíveis está todo mundo trabalhando para o mesmo nicho de clientes, então nossa maior dificuldade está em conseguir originar e com qualidade”
Essa popularização do produto teria feito com que empresas oferecessem pacotes semelhantes a um perfil muito concentrado de tomadores, “transformando-o um pouco ele numa commodity”, como resumiu o executivo.
Diante das novas circunstâncias, o caminho do sucesso se faz óbvio: diferenciação. Esta só viria por novos canais de distribuição, dado que a capacidade de inovar na forma como os créditos são originados é um meio para manter a relevância da sua empresa no setor.
É nesse ponto que Michel Rubin, manager na M8 Partners, gestora que atua nas áreas de Asset Management e Wealth Management, destaca como uma boa estrutura tecnológica se torna fundamental, já que traz segurança e, acima de tudo, mais confiabilidade no processo de concessão de crédito.
“Sabemos que o crédito não é simplesmente pegar e emprestar dinheiro para uma empresa. É preciso entender a formalização e a tecnologia com que o direito creditório, que a One 7 escolhe, vai ser tratado, formalizado e controlado”
A atuação de empresas especializadas em BaaS (Banking as a Service) torna-se estratégica, na visão do empresário. “Em termos regulatórios, em termos de questões do Banco Central, precisamos ter essa ponta estrutural. Então, a parte de BaaS é extremamente importante. [...] É super importante para nós termos uma empresa que está à frente nessa ponta tecnológica para conseguir abranger toda essa questão de ideias novas de originação que vem por parte das consultoras, como a One 7”, completou.