Se antes só era possível oferecer crédito consignado (com desconto em folha) para trabalhadores de empresas que tinham convênio formal com o banco ou correspondente, o Consignado Privado chega para mudar esse cenário, segundo apontou João Henrique Bellincanta, fundador da Bankerize (startup que auxilia correspondentes bancários a se transformarem em fintechs), no Febraban Tech 2025.

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Para João, o modelo flexibiliza e proporciona que mais empresas (e fintechs) ofereçam crédito sem limitações de acesso ao produto.
“Eu vejo com grandes expectativas. É um produto [o Consignado Privado] que abre um oceano de oportunidades, porque antigamente era só quem tinha convênio estabelecido com as empresas”
Nesse cenário, quem já oferece crédito via FGTS para trabalhadores CLT teria uma grande vantagem competitiva com a chegada do modelo, que serviria como uma espécie de produto complementar. Empresas inseridas nesse mercado apliariam seu portfólio e gerariam novas receitas para expandir sua atuação no setor de crédito.
“As mais de 30 fintechs que estruturamos em ajuda com vocês [da BMP] nos últimos 12 meses, operam muito forte o FGTS – já ultrapassamos a marca de 40 milhões de reais por mês. [...] Vemos que quem tem esse canal de distribuição CLT através do FGTS, o produto que vem do crédito ao trabalhador será um produto complementar. Ele trará inúmeras oportunidades para o mercado”, complementou.
Quem também reforçou o potencial do Consignado Privado foi Thiago Rodolfo, co-founder e CEO da Bankerize.
“O consignado privado vai ser um grande produto já para esse ano e quem já opera o FGTS vai conseguir trabalhar com mais facilidade porque já atuam com esse perfil de cliente. Mas, claro, todos os outros que querem operar, a gente da Bankerize está aqui para ensinar, dar todo o suporte para eles escalonarem com segurança”