FIDCs ganham protagonismo com Resolução 175, mas exigem novo olhar

O painel promovido pela BMP em seu estande no Febraban Tech 2025 reuniu especialistas para discutir um tema que tem ganhado força no mercado financeiro: a administração e gestão dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) diante da nova regulação imposta pela Resolução CVM 175.

Com mediação de Carlos Benitez, CEO da BMP, o debate contou com a participação de Diógenes Rocha, da Tercon, e Edilberto Pereira, da Hemera, que trouxeram uma visão prática sobre os ajustes necessários para operar dentro das novas exigências legais e de mercado.

Publicada em dezembro de 2022, a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) substituiu a Instrução CVM 555 e outras 38 normas, promovendo uma simplificação do arcabouço regulatório dos fundos de investimento.

A nova regra amplia a segurança jurídica, aproxima o Brasil de padrões internacionais e, especialmente no caso dos FIDCs, libera a entrada de investidores de varejo, o que representa uma grande oportunidade, mas também uma responsabilidade redobrada para gestoras e administradores.

Com o prazo de adaptação se encerrando no próximo mês, cerca de 69% dos mais de 35 mil fundos em operação já estão ajustados à nova norma, segundo a plataforma Quantum Finance. Entre eles, os FIDCs lideram o movimento, com 95% das estruturas adequadas à resolução.

Na visão de Diógenes Rocha, esse avanço não elimina os desafios. Ele explica que há muito recurso disponível, mas é preciso ser seletivo. “O que temos feito é filtrar e entender qual o tipo de cotista e gestora queremos colocar dentro da casa. Pregamos que o FIDC tenha múltiplos investidores. Hoje temos algo em torno de R$ 2 bilhões alocados, mas buscamos sempre trazer gestores qualificados que entendem do nosso segmento. Isso faz com que os FIDCs fiquem pulverizados e mais sólidos”.

Edilberto Pereira complementa ao destacar que a segurança da operação depende de dois pilares: atualização técnica dos prestadores de serviço e estruturação adequada da operação.

Ainda de acordo com ele, o maior obstáculo é cultural. “A dificuldade é mostrar que essa nova operação é um facilitador, e não uma perda de controle. Quando ocorre essa mudança de mentalidade, o mercado evolui. É largar as pedras e entender que estamos progredindo”, concluiu.

A partir de 1º de julho, 100% das gestoras e dos seus fundos deverão estar ajustados às normas novas, que mudam muito a vida dos gestores e dos cotistas.

Com a evolução regulatória em curso e a liderança dos FIDCs no processo de adaptação, o painel deixou claro que o futuro da categoria depende não só de regras mais claras, mas também de um ecossistema que compreenda e valorize a maturidade operacional e a transparência.

A BMP está presente pela 4ª vez consecutiva no Febraban Tech. Com um estande de 240 m², o hub de soluções financeiras, bancárias e tecnológicas chega com uma novidade neste ano: seu novo banco digital white label.

"Nós já tínhamos um banco que funcionava normalmente, mas conversando com parceiros percebemos que existiam algumas dores que ainda não haviam sido solucionadas e que a solução não era ofertada no mercado por outro player. Para resolver, eles tinham que sair da nossa plataforma para usar outra, então entendemos o que precisavam e fizemos um planejamento para colocarmos tudo numa plataforma única", explicou o CEO da BMP, Carlos Benitez, ao Let's Money.

Com um espaço de 240 m², o estande será dividido em três áreas: comercial, conteúdo e a famosa área de basquete, com distribuição de bolas exclusivas para o evento.

Na área de conteúdo ocorrerão palestras ao longo dos três dias de evento com uma programação recheada de tendências sobre o futuro do setor e todas elas serão transmitidas ao vivo no YouTube da Let's Media numa super produção.

Já a área de basquete traz referência ao CEO, Carlos Benitez, que foi jogador de basquete e desenvolveu todo o DNA da BMP com a referência aos valores aprendidos pelo esporte.