Os pequenos empreendedores, autônomos e empresas interessados no lançamento do Pix como garantia de crédito, por conta de uma possível redução de custos e acesso facilitado, precisaram segurar a empolgação. Quem achava que isso estava prestes a acontecer se frustrou com o anúncio feito pelo Banco Central (BC): a implementação do sistema é complexa e só deve acontecer, no mínimo, em dois anos.
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A informação foi dada por Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução da autarquia, na abertura do 4º Congresso da Associação Brasileira das Instituições de Pagamentos (Abipag), em Brasília. O que está claro é que, hoje, o BC ainda não tem definições sobre o modelo a ser colocado em prática.
“Acho que é bom fazermos um gerenciamento de expectativas. Ainda não temos definições sobre o modelo a ser percebido, é um produto potencialmente complexo. Nós iniciamos o estudo de como o modelo pode funcionar, mas ainda não chegamos lá. Então não há um cronograma definido. Estimamos a sua implementação para o biênio 2026/ 27. Eu enfatizo 27”, afirmou.
Mudanças
Com a eventual aprovação do Pix como garantia de crédito, as empresas poderão utilizar os recebíveis de pagamentos futuros por Pix como lastro para obter financiamento. Isso significa que, para elas, será possível acessar recursos financeiros com mais facilidade, tendo como garantia os pagamentos recebidos ao longo do tempo.
Para conseguir um empréstimo, hoje, a empresa precisa oferecer alguma precaução (bens ou receitas futuras de cartão, por exemplo). Com a implementação do novo modelo, se houver previsão de recebimento de determinado valor em Pix nos meses futuros, essa estimativa poderá ser usada como lastro para solicitar crédito.
Sendo assim, um estabelecimento que vende em Pix com certa frequência sabe o valor que fatura em média mensal dessa maneira. Com a mudança, a empresa poderá usar uma receita futura para garantia formal para conseguir um financiamento bancário ou com uma fintech, por exemplo.
