O N26 decidiu enfrentar a engenharia social com a mesma arma usada pelos golpistas: o momento de atenção. Agora, ao abrir o app do banco, o usuário recebe um alerta direto sobre o risco de fraude — antes mesmo de ser fisgado por uma ligação suspeita.

Foto: Divulgação

A mensagem aparece de forma discreta, mas pontual, no centro da experiência do cliente: “Não compartilhamos dados por telefone. Se for necessário contato, usaremos o canal seguro dentro do app.” Nada de e-mails alarmistas, chamadas não solicitadas ou SMS com links duvidosos. Só UX inteligente e timing cirúrgico.

Fraude como interface

O movimento do N26 acontece num cenário em que golpes bancários deixaram de ser exceção. Em 2024, o Brasil já soma mais de R$ 2,5 bilhões em perdas com fraudes digitais, segundo a Febraban. Golpes por ligação — em que o criminoso se passa pelo banco e induz a vítima a abrir o app — estão entre os mais comuns.

A estratégia do N26 é simples: interromper o padrão. Ao alertar o cliente antes que ele caia no golpe, o banco quebra o fluxo da fraude e reposiciona a confiança no canal certo. Não é só design bonito — é UX como escudo.

Experiência ou segurança? Os dois.

O alerta antifraude faz parte de um pacote maior de medidas do N26 para reforçar segurança digital, que inclui push notifications, biometria nativa, IA para detecção de anomalias e mensagens criptografadas no próprio app.

Mais do que blindagem, esse tipo de interface cumpre um papel pedagógico: ensinar o usuário como o banco de fato se comunica — e, por consequência, como os golpistas não se comunicam.

Não é só sobre proteger o saldo. É sobre não terceirizar a responsabilidade para o cliente. O N26 entendeu que, num mercado cada vez mais digital, experiência do usuário e segurança não andam em trilhas paralelas — elas são a mesma estrada.

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