No painel "Avanços, impactos e os desafios dos CIOs com a GenAI", realizado durante o Febraban Tech 2025, Christian Flemming, CIO e COO do BTG Pactual, provocou a plateia com uma inversão de lógica que, segundo ele, define a nova era da inteligência artificial: “Antes era a tecnologia que precisava entender do negócio. Agora, é o negócio que precisa entender da tecnologia”.

Febraban Tech 2025 | Foto: Reprodução
Ao lado de executivos de bancos como Itaú, Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa, Flemming discutiu os desafios reais de implementação da IA — indo além do hype da IA generativa para olhar o impacto prático no core das instituições financeiras.
Segundo o executivo, há um entusiasmo claro com os agentes autônomos de IA, mas os desafios de adoção são grandes. “O mercado não para, as evoluções são constantes. E, para entender as novidades, o business precisa ter domínio prévio de tecnologia.”
Flemming ressaltou que, apesar do avanço acelerado, a aplicabilidade da IA no dia a dia dos bancos ainda enfrenta barreiras. “A grande virada será quando todos abraçarem a inteligência artificial. Não basta seguir a tendência, é preciso torná-la funcional”, disse o CIO de acordo com o “Startups.com.br”.
De hype à realidade: IA exige ação imediata e responsável
Outros líderes presentes no painel reforçaram que a IA já não pode ser tratada como algo experimental. “Não é mais hype, é realidade”, afirmou Marisa Reghini, vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do Banco do Brasil.
Ainda de acordo com a executiva do Banco do Brasil, o desafio é atuar mesmo em meio à transformação: “É trocar o pneu com o carro andando.”
Pedro Pedrosa, diretor-executivo da Caixa, pontuou que a escalabilidade da IA precisa vir acompanhada de testes e responsabilidade. “Quanto mais escalável, mais chance do erro escalar junto. A velocidade deve vir com responsabilidade.”