O Nubank estuda adquirir um banco para obter a licença de funcionamento como instituição financeira tradicional. Atualmente, a companhia fundada por David Vélez é formalmente enquadrada como instituição de pagamento — modelo que permitiu seu crescimento meteórico, mas que pode sofrer restrições. As informações são do “Radar Econômico”.

Foto: Divulgação

A discussão ganhou força depois que o Banco Central abriu consulta pública para redefinir a classificação das empresas financeiras. Caso a mudança avance, o espaço de atuação do Nubank pode ficar limitado, pressionando a fintech a buscar alternativas.

Do “banco digital” ao banco de fato

Apesar de ser chamado popularmente de “banco digital”, o Nubank não possui ainda licença bancária plena. Isso não o impediu de acumular mais de 100 milhões de clientes na América Latina, mas pode restringir seu alcance em produtos como crédito, investimentos e captação de depósitos, caso o regulador aperte as regras.

A aquisição de uma instituição bancária já autorizada pelo BC seria a forma mais rápida de se adequar. O movimento sinaliza que, para continuar crescendo, o Nubank pode ter de assumir de vez a estrutura regulatória de um banco tradicional.

O que diz o Nubank

Em nota, a empresa afirmou que acompanha de perto a consulta pública do BC e que qualquer mudança regulatória “será estabelecida após ampla discussão” e com prazo para adaptação das instituições afetadas.

A ironia é clara: o “não-banco” que desafiou os bancos pode acabar virando um deles para sobreviver às regras.

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