O Pix não vai cruzar a fronteira, mas a OneKey vai. A fintech brasileira anunciou sua expansão para México e Chile com uma ambição clara: se tornar a principal provedora de pagamentos internacionais da América Latina até 2027.

Foto: Divulgação
A empresa quer replicar o modelo que funcionou no Brasil: rapidez, infraestrutura local, licença regulatória e experiência de cliente controlada. No México, a aposta é sobre o sistema SPEI; no Chile, soluções próprias de transferência direta. Em ambos os casos, a lógica é a mesma: pagamentos instantâneos, integrados, escaláveis.
De R$ 0 a US$ 270 bilhões
A expansão acontece em meio a uma corrida pelos pagamentos digitais na região. Enquanto o Pix se consolidou no Brasil, o volume previsto de transações digitais no México deve atingir US$ 191 bilhões até 2030 — no Chile, US$ 81 bilhões. São mercados com base bancária relevante, regulamentação em maturação e usuários cada vez mais digitais.
Segundo César Garcia, CEO da OneKey, a empresa construiu um modelo adaptável, combinando tecnologia e compliance, de acordo com o “tiinside”. A operação já conta com equipes locais e integração com parceiros estratégicos em andamento — com foco em setores como iGaming, fintechs, marketplaces e e-commerce.
Pix como soft power
Mais do que tecnologia, a OneKey tenta exportar o "modelo Pix" como soft power financeiro brasileiro: instantaneidade, integração, inclusão. Mas sem depender do sistema do BC. A empresa desenvolveu soluções próprias que se integram às estruturas locais — e quer mostrar que é possível fazer o mesmo fora do Brasil.
O Pix não tem dono, mas quem souber empacotar sua lógica para fora do país pode ganhar o mercado. E a OneKey parece saber exatamente o que está vendendo.