Um relatório lançado pela EY no evento “Open Talks EY 2025” revelou que o Brasil está na vanguarda global em Open Finance. O país conta com mais de 55 milhões de usuários únicos e mais de 80 milhões de consentimentos ativos. No entanto, transformar esse alcance em valor real para o cliente permanece como um desafio, segundo a fala exclusiva de Chen Wei Chi, sócio de Consultoria de Negócios para Serviços Financeiros da EY, à Let’s Money.
Foto: Let’s Money
“Ainda tem um bom grupo que acha que não tem valor, está na inércia ainda, pensando só no regulatório. Acho que isso vai provocar um pouco, ver que o mercado já está enxergando o valor”
O levantamento levou em consideração ao menos 50 executivos do mercado, além de ter analisado mais de 10 mil buscas no Google e 2 mil reclamações no Reclame Aqui, a fim de entender o verdadeiro estágio de maturidade do ecossistema e como ele é percebido pelos consumidores.
Chen ainda comentou sobre o que seria uma dos achados mais surpreendentes da pesquisa: a mudança no nível de conhecimento do usuário, que tem suas expectativas bem definidas sobre o Open Finance.
“A máxima do mercado é que o cliente não entende Open Finance, por isso que ele não entra. Isso é uma verdade na pesquisa de dois anos atrás, mas hoje isso não é uma verdade [...] Para engajar precisa ter caso de uso que ele sinta bastante valor”
E para entender melhor sobre os anseios do consumidor? O executivo dá a resposta: “Como o dado e tecnologia não é um diferencial, como que se pensa no cliente e no benefício dele para se tirar o diferencial do Open Finance [...] Dá para se tirar valor com os dados que tem. Não precisa esperar grandes dados, dados com muita qualidade. Tem que pensar em como usar o mínimo possível para dar o benefício para o cliente”, concluiu.