A Oracle está expandindo sua estratégia no ecossistema de inteligência artificial com o lançamento do AI Hub, uma divisão voltada a conectar startups de IA com grandes empresas e gerar negócios conjuntos.

Renata Zanuto e Marcelle Paiva | Foto: divulgação

A iniciativa é a evolução de um trabalho iniciado no ano passado, quando a big tech começou a apoiar startups não apenas com tecnologia e inserção no seu marketplace, mas também criando pontes com clientes enterprise de sua base.

Segundo Marcelle Paiva, vice-presidente do AI Hub, o objetivo é ir além dos tradicionais programas de créditos. “Uma das maiores dores nessa onda da inteligência artificial é conectar com os clientes, entender seus desafios, separar o que é ruído e entregar valor para o ecossistema, plugando quem desenvolve boas tecnologias com quem busca boas soluções”, afirma ao Startups.

O AI Hub também faz parte de uma estratégia diferenciada de go-to-market da Oracle, aproveitando sua posição como uma das principais parceiras da Nvidia para fortalecer a entrega de soluções de IA. “A nuvem por si só hoje já virou commodity. Conectar com as startups nos torna mais ágeis para entregar o que nossos clientes buscam”, destaca Paiva.

Um exemplo prático é a WideLabs, deep tech criadora do Amazônia IA — LLM 100% desenvolvido no Brasil, com foco em soberania de dados e hospedado na nuvem local da Oracle. Graças ao suporte da big tech, a startup conseguiu expandir rapidamente para outros mercados latino-americanos, como o Chile, utilizando a rede de data centers da empresa.

Com o AI Hub, a Oracle quer se firmar como mais que fornecedora de infraestrutura: pretende ser uma ponte estratégica entre inovação e demanda corporativa, ajudando startups a escalar e grandes empresas a resolver desafios com inteligência artificial.

Keep Reading

No posts found