
Bom dia!
Você ainda acessa saldo, extrato e fatura pelo app? Isso pode estar com os dias contados. Um novo protocolo brasileiro, o Pierre MCP, permite que IAs se conectem diretamente aos seus dados do Open Finance. É como se cada pessoa pudesse ter seu próprio agente financeiro pessoal no bolso. Isso pode mudar tudo!

Na Let’s Money de hoje:
🧠 A Alexa das finanças chegou: Brasil lança o primeiro protocolo MCP do mundo.
🍎 Dança das cadeiras na Apple: Big Tech quer um novo banco para tocar seu cartão
💳 JP Morgan faz as pazes com cripto: Após anos criticando o Bitcoin, banco se junta à Coinbase e libera recompensas em USDC
A Let’s Money é a newsletter que te conta tudo o que é mais interessante da indústria financeira, de forma organizada e de graça 😁

PAYMENTS
A Alexa das finanças chegou.
O Brasil saiu na frente e lançou o primeiro protocolo MCP do Open Finance. Agora, qualquer IA pode acessar — com segurança e anonimato — os seus dados financeiros reais. O resultado? Um novo tipo de assistente: menos Siri com voz suave, mais CFO com faro de oportunidade.

A inteligência artificial evoluiu rápido. Mas até aqui, ela sabia tudo menos sobre você. Agora, isso muda. O Pierre MCP é um protocolo brasileiro que permite que agentes de IA se conectem com dados reais do Open Finance. Com isso, a IA ganha contexto e pode, de fato, agir: responder perguntas sobre sua fatura, montar alertas de gastos, planejar objetivos e até executar tarefas por você. É como se a Alexa tivesse feito MBA em finanças. E com acesso ao seu extrato.
Um protocolo pensado para pessoas, não só empresas
No modelo atual do Open Finance, o acesso aos dados é caro, burocrático e, quase sempre, exclusivo para empresas. O Pierre inverte essa lógica. Ele foi criado para ser simples, acessível e centrado no usuário final. Em vez de rodar só em grandes infraestruturas, o protocolo pode ser plugado direto em qualquer IA, seja no seu celular, TV ou assistente virtual.
“O MCP é o transporte nativo das IAs. Com ele, o assistente entende o que o Open Finance tem a oferecer, acessa os dados com consentimento e transforma isso em ação”, explica Lucas Porto, fundador da Pierre Finance, à Let’s Money.
Com anonimato, mas com contexto
Segurança e privacidade estão no centro do projeto. O Pierre não armazena nome, CPF nem qualquer identificação direta. O sistema funciona com IDs anônimos, criptografia de ponta e chaves privadas que o próprio usuário pode revogar a qualquer momento.
“Mesmo se houver um vazamento, algo que não vai acontecer, o que vaza é um dado de ID, não de uma pessoa”, diz Lucas. “A gente protege o usuário e empodera a IA.”
A Alexa vai cuidar da sua fatura?
Com o Pierre, é questão de tempo. O protocolo já está disponível e pode ser plugado em qualquer modelo de IA. Isso significa que, em breve, sua assistente virtual poderá responder perguntas como “quanto gastei com Uber esse mês?”, ou até te alertar proativamente sobre comportamentos fora do padrão.
É o futuro da automação financeira, nascido aqui. Com sotaque, CPF e privacidade.

LINKS
O que você precisa saber do Mundo 🌍
Nubank México alcança 12 milhões de clientes
Saf Money recebe aporte para crescer na LatAm e nos EUA
Kamin moderniza pagamentos instantâneos na Colômbia
Banking Circle adquire ASL e mira crescimento
Payment Labs fecha parcerias com ligas esportivas dos EUA
Daloopa levanta US$ 13 mi para turbinar dados com IA
Barclays deixa aliança bancária de metas climáticas
QI Tech busca aquisições após captar US$ 63 milhões
ChatGPT pode alcançar 700 milhões de usuários semanais
Frubana encerra operações no Brasil após captar US$ 271 mi

PAYMENTS
Dança das cadeiras na Apple: sai Goldman, entra JPM
A Apple está prestes a trocar de banco no seu programa de cartões. E a escolha diz muito sobre o futuro da marca na corrida financeira.

Depois de anos de atrito, a Apple decidiu que o Goldman Sachs não serve mais para o papel. O substituto preferido? JPMorgan — maior banco dos EUA e especialista em escalar produtos de consumo. Se o acordo for fechado, será uma das maiores parcerias de cartão de crédito da história.
Menos parceiro, mais executor
A Apple não quer um banco com ideias próprias. Quer alguém que execute sua visão com eficiência, escala e silêncio. E o JPM parece disposto a jogar esse jogo. Enquanto o Goldman resistia à complexidade do negócio e queria sair do varejo, o JPMorgan já opera cartões para a Amazon e a Southwest Airlines, e entende bem como ser o backstage de grandes marcas.
O que isso sinaliza para o Brasil?
A Apple ainda não tem operação financeira robusta no país. Mas, se resolver entrar com força, vai precisar de um parceiro local. Quem seria o favorito para assumir esse posto? Nubank? Itaú? Bradesco? O recado da troca nos EUA é claro: quem quiser estar com a Apple, precisa entregar tudo sem aparecer.

NÚMERO
Visa vs Mastercard: comparação dos resultados do 1ºtri25

Fonte: InvestingVisuals

PAYMENTS
O vilão virou aliado: JPM agora quer ser parceiro da cripto que tanto criticou
Jamie Dimon chamou o Bitcoin de fraude. Agora, seu banco fecha com a Coinbase e entra no jogo com stablecoin, cartão e Open Finance.

O maior banco do mundo passou anos atacando o Bitcoin e o setor de cripto como um todo. Mas em 2025, Jamie Dimon parece ter percebido que lutar contra a maré não paga dividendos. O JPMorgan anunciou uma parceria com a Coinbase que inclui: financiamento via cartão de crédito, transferência de pontos para USDC e conexão direta entre conta bancária e carteira digital.
É o mesmo banco que já proibiu clientes de comprar cripto com cartão. Agora, permite… e incentiva.
A nova narrativa: liberdade com segurança
A virada de discurso é quase cinematográfica. Antes, o problema era o Bitcoin, “sem valor intrínseco”, “moeda de bandido”. Agora, a narrativa oficial do JPMorgan é que “os clientes querem” e que a parceria com a Coinbase “fortalece a privacidade e a liberdade financeira”. Mais que lavar a imagem, o banco quer ser o protagonista da próxima fase: não apenas aceitar cripto, mas lucrar com ela.

Por aqui, bancos ainda resistem ou, no máximo, brincam de tokenização em ambientes fechados. Mas a pressão virá de fora. Se os gigantes globais avançarem com soluções que integram cripto, pagamentos e fidelidade, o mercado local terá duas escolhas: bloquear ou competir. A história mostra que, quando o dinheiro bate à porta, até o vilão aprende a dançar conforme a música.

Entrevista
PRODUTOS DE PAGAMENTOS COM O GOOGLE (ALBERT MORALES) - LET’S MONEY - #002

Nos vemos na próxima edição!
Agora todas às terças.
Abraços,
Equipe Let’s Money
