Está marcada para se iniciar no segundo semestre deste ano a portabilidade de crédito no Open Finance, segundo Gilneu Altolfi Vivan, diretor de Regulação do Banco Central (BC). A declaração foi dada durante um painel no Congresso da Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag).

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De acordo com informações iniciais, o BC planeja implementar os serviços em primeira hora em modalidades de crédito sem garantia, sendo essa uma das prioridades de regulação para 2025 e 2026. Isso poderia significar para os consumidores, por exemplo, maior flexibilidade na gestão de dívidas, taxas de juros mais baixas e melhoria nas condições de pagamento.
Portabilidade de crédito: avanço esperado
A Open Finance Brasil já tem trabalhado no desenvolvimento de um modelo de Interface de Programação de Aplicações (API) para a definição de como os dados serão compartilhados e como a comunicação entre as instituições financeiras será realizada, conforme adiantou Vivan.
“A ideia aqui é começar a enxergar o crédito dentro do open finance de forma que o cliente possa transitar de um banco para o outro na procura por melhor oferta de preço para ele, ou de maiores limites, utilizando todo o trilho que está montado no open finance”, comentou.
Teoricamente, essa ação permitiria ao cliente maior liberdade para buscar, entre diferentes instituições, as melhores condições disponíveis. Portanto, a pessoa teria acesso a ofertas personalizadas, que levariam em conta o seu histórico de pagamento, suas garantias e necessidades específicas.
Ainda de acordo com o Banco Central, a meta para o segundo semestre deste ano e para os seguintes passaria por aprimorar a qualidade e a eficiência dos dados, desenvolver novas soluções relacionadas ao crédito (como a portabilidade) e melhorar a experiência das empresas dentro do ecossistema do Open Finance. No entanto, para antes disso, a meta é mais palpável: “A primeira perna é o crédito consignado para o setor público”, concluiu o diretor.