À medida que ferramentas como ChatGPT e Perplexity ganham espaço e desviam buscas do Google, um novo desafio se impõe: como as marcas vão aparecer no universo das respostas geradas por inteligência artificial? A Profound, startup de Nova York que afirma ter inaugurado o segmento “pós-SEO”, acaba de captar US$ 35 milhões em uma rodada Série B liderada pela Sequoia Capital, com participação de Kleiner Perkins, Khosla Ventures, Saga VC e South Park Commons.

Fundadores da Profound, James Cadwallader e Dylan Babbs | Foto: Divulgação
A nova rodada eleva o total arrecadado para US$ 58,5 milhões. Desde o lançamento, há menos de um ano, a Profound conquistou clientes de peso — incluindo empresas da Fortune 10 — e hoje é usada por 2.000 profissionais de marketing de mais de 500 organizações. Entre os nomes divulgados estão Ramp, US Bank, Indeed, MongoDB, Docusign e Chime.
Segundo James Cadwallader, cofundador e CEO, a transição para a busca por IA é “uma mudança de poder estilo Game of Thrones” que impacta não só o marketing, mas receita, aquisição de clientes e posicionamento competitivo. “Depois de usar IA para pesquisar, você entende por que nossos filhos não usarão links azuis do Google”, afirmou, segundo a “Fortune”.
A Profound monitora como modelos como ChatGPT, Gemini, Copilot e Llama citam marcas e seus concorrentes, e oferece recomendações usando modelos avançados de raciocínio, como o o3 da OpenAI e o GPT-5. O objetivo: otimizar conteúdos não para humanos, mas para bots — criando materiais altamente estruturados para influenciar as respostas geradas pela IA.
Para Cadwallader, o futuro vai além do SEO tradicional: “Vejo um cenário em que transações inteiras acontecem dentro de assistentes de IA, sem um único clique. É aí que queremos estar.”