
2024: o ano da regulamentação das bets, da queda das cripto e das demissões.
Será?
Na edição de hoje:
Regulamentação das bets
Descongelamento das cripto 🪙
Regulador bancário do Canadá aumentará o foco em questões de BC
Parece que o ano realmente começa após o carnaval para alguns:
#1 Regulamentação das bets
Se, até agora, apenas um punhado de fintechs e bancos vinham mordendo uma fatia dos crescentes lucros das casas de apostas esportivas – as “bets” – no Brasil, a nova regulamentação deve incluir muitas outras no jogo.
Segundo Diego Perez, presidente da ABFintechs, a portaria que define as regras para fintechs e outras instituições financeiras operarem os recursos desse mercado sai logo depois do carnaval. A entidade vem acompanhando de perto os trabalhos da nova Secretaria Nacional de Jogos e Apostas, subordinada ao Ministério da Fazenda. Segundo Perez, o governo tem pressa.
A ABFintechs, claro, está atenta principalmente às regras que afetam diretamente as associadas, como meios de pagamento autorizados e prevenção à lavagem de dinheiro.
Depois da aprovação do PL 3.626/2023 em 30 de dezembro de 2023, o projeto virou Lei. Desde então a nova Secretaria está redigindo portarias para regulamentar o mercado. Cada portaria vai tratar de um assunto especifico.
“Primeiro vai sair a que estabelece regras para as casas de apostas serem autorizadas a funcionar, bem como o prazo para adaptação das que ja existem”, lembra Perez. Algumas já entram em vigor na hora, e outras vão passar por uma rápida consulta pública, acredita.

#2 Descongelamento das cripto 🪙
Este novo desenho animado ilustra como as esperanças do fim do inverno criptográfico estão começando a se tornar reais.
Há muitos projetos de criptografia que hibernaram e fundos de investimento que não alocaram capital no último ano, apenas para esperar o momento em que o mercado de varejo volte com força total.
A alegria em todo o mundo criptográfico que surgiu com a aprovação da SEC de 11 empresas para oferecer ETFs Bitcoin à vista foi alimentada pela esperança de que outros detentores não criptográficos agora começarão a se juntar à festa.
Está começando a surgir uma narrativa de que o impulso por trás da criptografia, o próximo halving do Bitcoin, o interesse institucional na tokenização de ativos do mundo real e o ressurgimento dos jogos Web3 são todos sinais de que estamos avançando para o próximo mercado altista.
Uma contra-narrativa é que esta é apenas a indústria a exaltar-se na esperança de que a maioria desinteressada perceba, o que também tem alguma verdade – nomeadamente, apenas 60 milhões de americanos têm um 401K que poderia beneficiar dos ETF Bitcoin.
Apesar de a indústria criptográfica acreditar que é uma alternativa à economia tradicional, é mais provável que sejam os eventos macro (como a redução da inflação e das taxas de juro) que irão desencadear o tiro de partida para um renascimento mais amplo de activos de maior risco.

#3 Regulador bancário do Canadá aumentará o foco em questões de BC
O Gabinete do Superintendente de Instituições Financeiras (OSFI), regulador bancário do Canadá, anunciou que pretende aumentar o seu foco nas questões de branqueamento de capitais.
Na conferência anual da TD Securities, o regulador bancário da região sublinhou as suas intenções de se concentrar mais nos desafios do branqueamento de capitais, bem como a agência de inteligência financeira do Canadá para gerir estes incidentes.
O ritmo acelerado da digitalização influenciou negativamente o número de denúncias suspeitas e a melhoria das técnicas de branqueamento de capitais pode estar correlacionada com a evolução da inteligência artificial (IA) e das falsificações profundas.
Além do anúncio atual feito pela OSFI, a agência canadense de combate à lavagem de dinheiro ressaltou seus planos de aumentar o uso de IA para detectar transações suspeitas no início de janeiro de 2024.
Naquela época, a FINTRAC pretendia aproveitar a nova tecnologia para pesquisar transações suspeitas, bem como fazer parcerias com instituições financeiras para diminuir riscos. De acordo com dados do FINTRAC, aproximadamente 75% de todas as transações suspeitas entre abril e setembro de 2023 foram denunciadas por instituições financeiras.
🔢 Número
47
Foi o número de desligamentos da Fintech Cora em busca de operação lucrativa.
A Cora, fintech para pequenas e médias empresas (PMEs), voltou a enxugar o quadro de funcionários, no segundo corte em menos de um ano. Nesta segunda-feira, a empresa anunciou em seu LinkedIn a demissão de 47 pessoas, ou 13% da equipe.
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