O Rio de Janeiro quer transformar a “Cidade Maravilhosa” em um polo global de inteligência artificial. A Prefeitura anunciou parcerias com Oracle e Nvidia para tornar a capital carioca a primeira AI City da América Latina, título concedido pela Nvidia a centros urbanos que adotam infraestrutura avançada para IA.

A parceria entre a Prefeitura do Rio e a Nvidia foi assinada durante o Rio Innovation Week | Foto: Marco Antônio / Prefeitura do Rio
O plano prevê investimentos de até US$ 65 bilhões até 2032, com a meta de colocar a cidade entre os dez maiores hubs de IA do mundo, segundo o “Startups”.
Infraestrutura bilionária para IA
O projeto começa com a compra de cinco supercomputadores DGX da Nvidia, equipados com GPUs Blackwell 200, que ficarão no Porto Maravalley como base para pesquisas e desenvolvimento em parceria com universidades e empresas.
“Estamos comprando para disponibilizar para os nossos centros de pesquisa, as nossas universidades, a capacidade computacional que consolidará o Rio de Janeiro para as suas vocações. O Rio é software”, disse o prefeito Eduardo Paes, durante o Rio Innovation Week.
Na próxima etapa, será construído o complexo Rio AI City, nas imediações do Parque Olímpico, com capacidade energética inicial de 1,5 GW até 2027 e expansão prevista para 3 GW até 2032. A expectativa é gerar até 10 mil empregos na próxima década. A Nvidia será a parceira de hardware e a Oracle atuará na infraestrutura, conectando os supercomputadores a data centers globais.
“Aqui no Rio temos a oportunidade de construir um dos maiores hubs do mundo em inteligência artificial”, afirmou Alexandre Maioral, presidente da Oracle Brasil, que chegou a projetar que a cidade poderia receber até o terceiro ‘Stargate’ da OpenAI, megacentro de IA já anunciado para Noruega e Emirados Árabes.
Segundo a Prefeitura, o diferencial estratégico do Rio é sua conexão direta com cabos submarinos intercontinentais, o que reduz a latência e amplia a atratividade internacional do projeto. A ideia é que a cidade se torne referência em IA no Sul Global, atraindo big techs, startups e centros de pesquisa.