O Wellhub decidiu entrar na academia. Mas, desta vez, como investidor. A empresa lançou um braço de soluções financeiras com um fundo de R$ 100 milhões voltado para estúdios e academias parceiros — principalmente os pequenos, que representam 90% da sua rede. A ideia é clara: se o ecossistema crescer, o Wellhub cresce junto.

Daniel Mazini, VP executivo de Parcerias e Novos Negócios do Wellhub | Foto: divulgação

A operação é feita com dinheiro próprio e da Galapagos Capital. A QI Tech cuida da administração, e a OpenCo entra com a plataforma de crédito. Os financiamentos terão prazos entre 12 e 24 parcelas, com dois meses de carência. O diferencial? O uso dos próprios recebíveis do Wellhub como garantia, o que permite crédito mais ágil e com menos burocracia.

O gargalo invisível do bem-estar

O movimento é menos oportunismo e mais estratégia. Embora o Wellhub já atenda mais de 26 mil empresas e 20 milhões de pessoas, o potencial de penetração no Brasil ainda é pequeno: só 5% da população frequenta academias — contra 25% nos EUA e 20% na Europa.

A explicação? Faltam unidades. Segundo a empresa, 83% dos parceiros querem expandir, mas 51% apontam o crédito como principal entrave. É aqui que a fintech entra com força.

Dados como vantagem competitiva

Com acesso aos dados operacionais das academias, o Wellhub pode oferecer crédito baseado no histórico real dos estabelecimentos — algo que os bancos tradicionais não conseguem fazer. É o tipo de inteligência que pode virar vantagem estratégica: mais unidades geram mais usuários, que aumentam o valor da própria plataforma.

E mais: o fundo não é só dinheiro. O Wellhub promete apoiar as decisões de expansão com dados de mercado e mapas de demanda, ajudando a escolher onde vale a pena abrir a próxima unidade.

Wellness pode ser sobre saúde — mas também é sobre infraestrutura, capital e escala. E o Wellhub entendeu que, para crescer no Brasil, precisa primeiro fazer o mercado crescer.

Com informações do “Startups”.

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