Lançamento oficial

Mercado Livre lança nova unidade B2B e expande atuação corporativa

Com mais de 4 milhões de usuários ativados, unidade B2B mira empresas em Brasil, Argentina, México e Chile

Foto: Divulgação
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O Mercado Livre anunciou nesta semana o lançamento oficial de sua unidade B2B, iniciativa que marca um passo importante para além do mercado consumidor. Depois de um ano de testes, a empresa passa a oferecer compras no atacado para clientes corporativos em países como Brasil, Argentina, México e Chile, com mais de 4 milhões de usuários já habilitados para essa nova modalidade.

Desde o início, essa movimentação foi pensada como uma ampliação de atuação. Em vez de concentrar-se apenas em varejo online para consumidores finais, o Mercado Livre agora pretende capturar uma parte mais ampla do mercado de negócios, com foco em empresas que compram em volume, com frequência e que precisam de processos mais ágeis e confiáveis, segundo “PYMNTS”.

Mercado Livre: mercado B2B com ticket alto e repetição

Para a empresa, há vantagens claras nessa expansão para o B2B. Os pedidos corporativos tendem a ter tickets médios maiores, com compras recorrentes e valores elevados, além de menores taxas de devolução em comparação às vendas para consumidores finais. Isso permite uma previsibilidade maior de receita e margens potencialmente melhores.

Além disso, o Mercado Livre já tem um ecossistema robusto de FinTech e logística, que pode sustentar essa transição. O crescimento forte no comércio eletrônico e nos serviços financeiros digitais, já observado nos últimos trimestres, serve como base para oferecer suporte para essas empresas, tanto no Brasil quanto nos demais países latino‑americanos onde operam.

O CFO Martin de los Santos comentou que a estratégia faz parte de um movimento disciplinado de investimento e execução consistente, fortalecendo liderança da companhia nos segmentos de e‑commerce, fintech e publicidade digital na região.

Há também uma visão de complementariedade: os vendedores e compradores corporativos dentro dessa unidade B2B se beneficiam das infraestruturas já existentes, como marketplace, pagamentos, logística, entrega, crédito adaptadas para demandas diferentes de volume e repetição.

Com a unidade B2B, o Mercado Livre demonstra que não quer apenas manter seu espaço no varejo digital, mas crescer junto com empresas cujas necessidades são diferentes. Ao oferecer soluções específicas para compras no atacado, ele busca capturar fatias de mercado menos exploradas, com potencial de escala, recorrência e, em muitos casos, fidelização.

Esse movimento sinaliza que a empresa está preparada para consolidar sua posição como protagonista não só no varejo, mas também como parceiro estratégico de empresas na cadeia de fornecimento latino‑americana.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.