Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes, classificou como “fake news” a alegação de que o Pix, sistema de pagamentos do Banco Central, estaria sendo investigado pelos Estados Unidos. A declaração foi feita durante painel no Web Summit Lisboa, em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e EUA.

Segundo reportagens internacionais, o presidente Donald Trump teria incluído o Pix entre os alvos de uma possível retaliação, sob o argumento de que a ferramenta representaria ameaça a empresas como PayPal e WhatsApp Pay. Fernandes, no entanto, contestou: “O Pix é um sistema público, digital e garantido à população. Se a investigação for séria, vai provar que as alegações são falsas.”

O secretário ainda destacou que o sucesso do Pix incomoda grandes plataformas privadas: “É simplesmente inovação pública. E isso, às vezes, incomoda”, segundo o “Startups“.

Pix vira ativo estratégico do Brasil

No mesmo painel, o economista William Lazonick, da Universidade de Massachusetts, reforçou que o Pix é um exemplo de soberania digital: “O sistema de pagamentos nos EUA ainda é caro e fragmentado. O que o Brasil fez é o que os americanos deveriam ter feito há muito tempo.”

Para Lazonick, o desconforto das big techs tem razão de ser. Ele citou a dificuldade da Meta em emplacar o WhatsApp Pay no Brasil, contrastando com a rápida adoção do Pix, que já movimenta mais de R$ 26 trilhões por ano.

Luis Fernandes também falou sobre o futuro do sistema, destacando que o Pix Garantido poderá, eventualmente, substituir cartões de crédito nas compras parceladas. Segundo ele, o sistema já se tornou referência global e tem sido estudado por outros países.

“O Pix é a prova de que o Estado pode ser inovador quando há visão estratégica e propósito social. Essa revolução nasceu em Brasília, não no Vale do Silício”, concluiu.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.