Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado pelo Banco Central do Brasil, completa cinco anos com um resultado expressivo: segundo levantamento do Movimento Brasil Competitivo (MBC), consumidores e empresas economizaram cerca de R$ 117 bilhões desde 2020. Entre janeiro e setembro de 2025, a economia já alcança R$ 38,3 bilhões, superando os R$ 33 bilhões registrados no ano anterior.

Essa economia é resultado da migração de transações de custo mais elevado, como TEDs, DOCs e boletos, para o Pix, que cobra tarifas muito menores ou até nulas. A média apontada pelo estudo é de cerca de R$ 0,60 de economia por operação realizada via Pix, segundo o “UOL”.

Números do pix

Em cinco anos, o Pix deixou de ser apenas uma alternativa para se tornar protagonista na rotina financeira brasileira. O número de chaves ultrapassa 900 milhões, com cerca de 178 milhões de usuários, o equivalente a mais de 80% da população. O sistema já responde por cerca de metade das transações de pagamento no país, segundo dados mais recentes.

Enquanto isso, cartões de débito e crédito cresceram em volume, mas a seu ritmo: as operações via débito somaram R$ 976 bilhões em 2024, enquanto o crédito alcançou R$ 2,6 trilhões. Mesmo assim, o avanço percentual desses meios foi bem menor do que o salto registrado pelo Pix, que ampliou seu uso em milhares de por cento entre 2020 e 2024.

Os próximos desafios

Apesar dos resultados, o Pix ainda enfrenta obstáculos em segmentos de alto valor e empresas, onde TEDs e boletos seguem relevantes. Em 2024, por exemplo, as TEDs movimentaram R$ 43,1 trilhões. Já o mercado se prepara para novidades como o Pix Parcelado, o Pix em Garantia e a internacionalização do modelo, que prometem ampliar ainda mais seu escopo.

Para muitos especialistas, a economia obtida até aqui indica não apenas adoção rápida, mas maturidade emergente. O desafio agora é manter o ritmo de inovação sem comprometer segurança, confiabilidade e infraestrutura, condições necessárias para que o Pix continue a ser referência nacional e internacional.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.