
O sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado pelo Banco Central do Brasil (BC) com investimento inicial estimado em R$ 22 milhões (US$ 4 milhões à época), gerou cerca de R$ 26 bilhões em economia para brasileiros entre 2021 e 2024, e funcionou como vetor de inclusão financeira. O levantamento foi publicado pela coluna Dinheiro & Negócios.
O Pix permitiu que milhões de cidadãos tivessem sua primeira transação digital, catalisando a bancarização e reduzindo a dependência do dinheiro em espécie, que ainda respondia por 76,6 % das transações em 2019. Com o sistema agora amplamente adotado, o número de pessoas físicas inseridas no sistema financeiro saltou de 76 milhões em 2018 para 163 milhões em 2025, crescimento de 114 %.
Pix consolidado
Mais do que um meio de pagamento, o Pix se consolidou como uma plataforma de infraestrutura de serviços financeiros. Ele alcançou 331 transações per capita no quarto ano de operação, bem acima de sistemas equivalentes em países como Índia (UPI) e Austrália (NPP). Em termos de escala, o volume financeiro equivalente ao Pix já supera mais que o dobro do PIB brasileiro.
A arquitetura foi pensada para permitir inovação contínua: recursos como o Pix Automático, Pix por Aproximação e o Pix Internacional estão em fase de implementação para expandir funcionalidades de cobrança, pagamentos offline e transações internacionais.
Desafios a cumprir
Garantir a segurança e a estabilidade da plataforma é o próximo passo. A consolidação do Pix fecha uma fase agora, e o desafio será manter sua infraestrutura frente a fraudes, uso malicioso e exigências regulatórias cada vez maiores.
Com quase toda a população brasileira usuária do sistema, a expectativa é que o Pix evolua para além de meio de pagamento e passe a ser base para soluções como crédito instantâneo, garantias via recebíveis e integração global, transformando o Brasil em referência internacional em pagamentos digitais.