
O Pix voltou a se superar. Na última sexta-feira (5) foram 313,3 milhões de transações realizadas em um único dia, um novo recorde, tanto em volume quanto em valor movimentado: R$ 179,9 bilhões.
O marco foi divulgado pelo Banco Central no sábado (6), superando o recorde anterior de 28 de novembro, quando 297,4 milhões de transações haviam movimentado R$ 166,2 bilhões.
Pix: da novidade à espinha dorsal do sistema financeiro
Criado em 2020, o Pix completa cinco anos consolidado como uma das principais infraestruturas digitais do país. São mais de 170 milhões de brasileiros usando a ferramenta e cerca de 890 milhões de chaves cadastradas. De lá pra cá, já são mais de R$ 85 trilhões movimentados, uma cifra que mostra o tamanho do impacto no sistema financeiro nacional.
Embora o Banco Central não tenha detalhado os fatores específicos por trás do novo pico de movimentação, o fim do ano é historicamente forte para transações, com salários, 13º e compras de Natal aquecendo os fluxos. A marca anterior havia ocorrido na Black Friday, impulsionada pelo varejo e pela primeira parcela do 13º salário.
Mais do que um meio de pagamento instantâneo, o Pix tem se mostrado uma alavanca de inclusão financeira, competição bancária e inovação digital.
Nova fase: segurança e devoluções mais ágeis
Além do recorde, o sistema vive uma fase de aprimoramento. Em novembro, entraram em vigor novas regras para reforçar a segurança e facilitar a devolução de valores em casos de fraude, golpe ou coerção.
Agora, a devolução pode ocorrer mesmo se o dinheiro já tiver sido transferido da conta original, o que aumenta as chances de rastreio e recuperação. A medida é parte do esforço contínuo do BC para tornar o Pix não apenas mais eficiente, mas também mais confiável.
Com picos de uso cada vez mais altos e evolução contínua nas regras, o Pix deixa claro que não é só uma solução de pagamentos, é uma camada essencial da infraestrutura econômica brasileira.