O Pix Parcelado deve ganhar uma funcionalidade inédita: a exibição de múltiplas ofertas de parcelamento diretamente na etapa de pagamento online. O pedido foi feito pelo Banco Central à Estrutura de Governança do Open Finance, com a missão de estudar como integrar diferentes condições de crédito, de bancos e fintechs em tempo real, dentro da jornada de compra.
A ideia é clara: dar ao consumidor uma alternativa mais vantajosa que o cartão de crédito, com mais transparência sobre taxas, prazos e opções de parcelamento via Pix, segundo informações do “Valor Investe”.
Pix Parcelado como vitrine dinâmica de ofertas
A proposta do BC é que os iniciadores de pagamento — empresas autorizadas a realizar transações com Pix Automático — passem a oferecer uma “vitrine” de parcelamentos. Com isso, o cliente poderá comparar e escolher a melhor condição para cada compra, a partir das contas bancárias conectadas via Open Finance.
Quanto mais permissões o usuário der, mais opções ele verá. A lógica é similar à dos agregadores de passagens ou seguros, mas aplicada ao crédito pessoal em tempo real, diretamente no checkout.
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Ainda de acordo com a publicação, o BC diferencia os grandes bancos dos iniciadores “puros”: enquanto os bancos tendem a promover apenas suas próprias ofertas, fintechs e iniciadores especializados teriam incentivo real para mostrar múltiplas opções de crédito. A função poderá, inclusive, ser acessada em carteiras digitais como Google Pay ou Apple Pay, via Pix por aproximação.
Nova regulação chega em outubro; manual sai em dezembro
As regras oficiais do Pix Parcelado devem ser publicadas pelo Banco Central ainda em outubro. A padronização visa alinhar experiências e garantir que o consumidor possa parcelar via Pix de forma clara, simples e segura, sem depender das soluções fragmentadas que existem atualmente.
O cronograma do Fórum Pix prevê ainda a publicação de um manual de UX em dezembro. A expectativa é que o modelo idealizado pelo BC esteja plenamente implementado até 2026.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
