
O Pix registrou, na última sexta-feira (28), o maior volume de operações da sua história: foram 297,4 milhões de transações em um único dia, movimentando R$ 166,2 bilhões. O marco foi impulsionado por dois motores de consumo: a Black Friday e o pagamento da primeira parcela do 13º salário.
O recorde anterior, de setembro, havia registrado 290 milhões de operações e R$ 164,8 bilhões. Agora, com esse novo pico, o Pix reforça sua posição como principal infraestrutura de pagamentos do país, cinco anos após seu lançamento.
Pix é o novo padrão
Desde que começou a operar em novembro de 2020, o sistema criado pelo Banco Central já movimentou mais de R$ 85 trilhões. Atualmente, são mais de 170 milhões de usuários e 890 milhões de chaves cadastradas.
Mas o crescimento acelerado trouxe também novos desafios, especialmente relacionados à segurança. Com o aumento de fraudes e golpes, o BC vem implementando atualizações para tornar o sistema mais robusto.
Segurança em foco
Entre as medidas mais recentes está o fortalecimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite rastrear e recuperar valores de transações contestadas por suspeita de fraude.
Com as novas regras, bancos agora podem acompanhar a trilha do dinheiro além da primeira conta de destino e bloquear valores mesmo após múltiplas transferências. O processo pode durar até 90 dias e a devolução, integral ou parcial, deve acontecer em até 96 horas após a confirmação de fraude.
O objetivo é claro: preservar a confiança no Pix, mesmo em um cenário de digitalização acelerada e aumento da sofisticação dos crimes financeiros.