Foto: Reprodução
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O Pix, que celebrou cinco anos de operação, período marcado por crescimento explosivo e transformação no mercado financeiro nacional, marcou história de 71,5 milhões de brasileiros que fizeram sua primeira transação digital via Pix, segundo dados oficiais. 

A adoção massiva e rápida surpreendeu bancos e analistas. A quantidade de chaves cadastradas já supera as 900 milhões, abrangendo 178 milhões de usuários, ou 83,4% da população brasileira.

Até o lançamento do Pix, transferências bancárias dominavam com métodos como o DOC e a TED, que tinham horário limitado, prazos longos ou custos elevados. O Pix quebrou esse ciclo: operações 24 horas por dia, sete dias por semana, com liquidação quase instantânea.

O sistema impulsionou a inclusão digital de milhões de brasileiros, especialmente aqueles sem cartão de crédito ou com acesso limitado ao sistema bancário tradicional, e reduziu o uso de dinheiro em espécie e papel‑moeda.

Desafios e próximos passos do Pix

Apesar do domínio, o Pix ainda enfrenta barreiras, especialmente em transações de alto valor e entre empresas. Métodos tradicionais como TED e boleto mantêm relevância em setores específicos.

Nas frentes de inovação, o BC aponta novidades como o Pix Parcelado e o Pix Garantia, que permitirá usar recebíveis como colateral, e a internacionalização da plataforma, com o Pix Internacional em estudo.

A segurança e a reputação do meio também seguem no foco dos reguladores, com novas exigências para participação no sistema e combate a fraudes.

Cinco anos após o lançamento, o Pix deixou de ser apenas uma novidade tecnológica para se tornar parte estrutural da infraestrutura de pagamentos do Brasil e seu futuro promete ainda mais inovação e impacto.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.