Bancos brasileiros estão integrando inteligência artificial generativa ao Pix para tornar transferências tão simples quanto enviar uma mensagem de texto. Com essa inovação, clientes de instituições como Itaú Unibanco, Nubank e PicPay já conseguem fazer pagamentos diretamente pelo WhatsApp sem precisar abrir o aplicativo do banco.
A iniciativa reposiciona o Brasil na vanguarda global das finanças digitais. O uso da IA permite que usuários solicitem uma transferência por texto, voz ou até imagem, conversando com a conta oficial do banco no WhatsApp. O sistema interpreta a mensagem, redireciona temporariamente o cliente ao app bancário para autenticação e retorna o comprovante diretamente no chat. Tudo com o mínimo de atrito e máximo de conveniência.
Pix como base da evolução
A base dessa evolução é o Pix, lançado pelo Banco Central em 2020. Em apenas quatro anos, o sistema tornou-se dominante nos pagamentos digitais: foram mais de 56 bilhões de transferências via smartphone só em 2024. Junto com o Pix, o mobile banking passou de 56% para 90% de adoção no Brasil, superando países como os EUA, segundo a “Bloomberg”.
Agora, a adoção da IA generativa pelas principais instituições do país consolida uma nova etapa de evolução. Segundo Guilherme Horn, chefe de Mercados Estratégicos do WhatsApp, o país virou referência global em soluções de IA com foco em experiência e inclusão financeira.
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Outros bancos como BTG, Bradesco e Banco do Brasil já operam serviços semelhantes. E fintechs como Mercado Pago também preparam assistentes pessoais com IA para orientar o cliente sobre suas finanças em tempo real.
Apesar dos avanços, desafios permanecem. Falta de infraestrutura, escassez de talentos fora dos grandes centros e a constante ameaça de fraudes digitais ainda exigem atenção. Mas os bancos afirmam que o Pix via WhatsApp conta com múltiplas camadas de segurança e exigência de autenticação pelo app bancário.
Com IA e experiência de usuário no centro da inovação, o Brasil acelera rumo a um sistema financeiro cada vez mais inteligente, acessível e conversacional.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
