
O Santander Brasil está propondo ao Banco Central a unificação das modalidades de Pix parcelado e Pix no cartão, alegando que separar os dois formatos dificulta a experiência do usuário e fragmenta a oferta de crédito. A discussão ocorre às vésperas da regulamentação oficial do Pix parcelado, que deve ser publicada nos próximos dias.
Para o CEO do banco, Mario Leão, não faz sentido tratar as duas soluções como caminhos paralelos. A proposta é que bancos e instituições digitais possam definir livremente como oferecer o parcelamento, integrando-o à jornada já conhecida do cartão. “A convergência com o cartão nos parece como uma indústria bastante óbvia”, afirmou o executivo durante a apresentação de resultados da instituição, segundo à “CNN”.
Pix no cartão
O banco foi um dos primeiros a lançar o Pix no cartão, em agosto, mas a novidade ainda não impactou os resultados financeiros de setembro. Mesmo assim, Leão vê a funcionalidade como uma alavanca para expansão de crédito, especialmente entre clientes que antes não tinham acesso a esse tipo de produto.
Na prática, a convergência sugerida pelo Santander facilitaria a vida do consumidor e traria mais previsibilidade para o sistema bancário. A integração dos limites e das plataformas de análise de risco ajudaria a equilibrar segurança e escala, além de acelerar a adoção das novas funcionalidades do Pix.
Com o Banco Central prestes a divulgar as regras para o Pix parcelado, a movimentação do Santander antecipa o que pode ser uma nova fase do ecossistema de pagamentos instantâneos no Brasil, mais próxima do comportamento de compra no varejo e, ao mesmo tempo, mais dependente da inteligência de crédito dos bancos.