Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Com salários de CFO que ultrapassam os R$ 34 mil mensais, a contratação tradicional vem se tornando inviável para boa parte das startups em estágio inicial ou pré-série A. Em resposta, o modelo de CFO sob demanda começa a se consolidar como alternativa para estruturar a área financeira com custo variável e acesso a especialistas de alto nível.

Chamado de CFO as a Service (CFaaS), o modelo pode reduzir os custos com gestão financeira em até 70%, segundo dados da Triven, especializada no serviço. Mais do que economia, a proposta atende a uma dor crônica do ecossistema: a falta de estrutura para lidar com crescimento, captação e planejamento de longo prazo.

Startups no modelo CFaaS

No modelo CFaaS, startups acessam pacotes modulares de gestão financeira, que incluem desde controller até analistas e CFOs experientes, sem a necessidade de montar um time interno. O serviço funciona como um plug-in estratégico, especialmente útil em momentos de transição: antes de uma rodada, durante o ramp-up ou quando o founder deixa de ser o “dono das finanças”.

Para Fernando Trota, CEO da Triven, o timing ideal para profissionalizar o financeiro não está ligado ao estágio da empresa, mas à disponibilidade de caixa. “É comum que founders sofram ao receber os primeiros cheques maiores, por falta de preparo operacional”, explica. Estruturar a área desde o início, afirma, é o que permite crescer com disciplina e captar com mais confiança.

Em um setor que preza por agilidade, o desafio é combinar controle com velocidade. É aí que o modelo de CFO sob demanda tem ganhado adesão: permite escalar com governança sem engessar a estrutura. Com R$ 13,9 bilhões investidos em startups brasileiras no último ano (alta de 50%, segundo o Startup Landscape), a busca por maturidade financeira virou tema central.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.