
Startups estão fazendo mais com menos, e a inteligência artificial está no centro dessa transformação. Segundo Jason Bennett, VP Global de Startups e VC da AWS, a tecnologia vem permitindo que fundadores operem por mais tempo com recursos próprios, retardando a entrada de investidores.
Durante o re:Invent 2025, evento da Amazon em Las Vegas, Bennett destacou que a IA já mudou o jogo: startups conseguem lançar produtos com equipes enxutas, alcançar o MLP (minimum lovable product) mais rápido e testar com clientes sem precisar de grandes rodadas de captação.
Com menos necessidade de capital financeiro, cresce a busca por algo mais valioso: acesso ao ecossistema, boas conexões e orientação estratégica. “Fundadores querem mais que dinheiro, querem smart money”, disse Bennett, segundo o “Startups”.
A tendência fortalece o papel de aceleradoras como YC e a16z Speedrun, e estimula o surgimento de novos programas focados em comunidade e mentoria.
O executivo também rejeitou a ideia de que a IA vive uma bolha: “É difícil argumentar contra o impacto transformador que a IA terá em praticamente todos os aspectos da vida como conhecemos hoje”.
AWS amplia suporte ao uso de IA
A AWS, que já apoiou mais de 330 mil startups com o programa AWS Activate, vem ampliando o suporte ao uso de IA. Os créditos oferecidos agora também são válidos na Amazon Bedrock, que dá acesso a diferentes LLMs.
Com múltiplos agentes de IA disponíveis, startups conseguem acelerar o desenvolvimento de produtos e reduzir custos. E o mercado de capital de risco, por sua vez, precisará se adaptar a um novo cenário: menos dinheiro, mais valor agregado.