Foto: Divulgação / BC
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O BC (Banco Central) está reforçando seu compromisso com a segurança e a reputação do Pix. Segundo Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro da autarquia, preservar a percepção pública de confiança no arranjo de pagamentos é hoje uma prioridade estratégica.

“O bem mais valioso de um arranjo de pagamentos é a sua reputação, a percepção de que ele é confiável, de que as pessoas podem usar com tranquilidade. Então, isso é muito caro para o Banco Central. O BC tem realmente devotado muita energia para preservar esse importante ativo do arranjo”, disse o diretor, em Live promovida pelo BC para comemorar o aniversário de cinco anos do Pix, na terça-feira (11).

Entre os esforços em curso estão o aprimoramento de alertas de golpe, critérios mais claros para classificar uma transação como suspeita de fraude e o lançamento de uma ferramenta que permitirá aos usuários bloquear a criação de novas chaves Pix associadas ao seu CPF.

BC visa eliminar brechas

O BC trabalha para eliminar brechas interpretativas que hoje dificultam a reação das instituições diante de possíveis fraudes. A ideia é transformar expressões como “fundada suspeita” em categorias objetivas, que possam ser aplicadas uniformemente pelas instituições. “Estamos sempre estudando onde estão os elos mais frágeis da cadeia”, disse o diretor.

Além disso, o BC reconhece que parte da sensação de insegurança atual vem da migração das fraudes do ambiente físico para o digital. Mas Gomes reforça: o Pix continua sendo um dos sistemas mais seguros do país, com taxa de fraudes inferior à de cartões e transferências tradicionais.

Pix global e a revolução silenciosa

O futuro do Pix também passa pela internacionalização do sistema, uma agenda que o BC apoia com entusiasmo, desde que respeitados os critérios de compliance e prevenção à lavagem de dinheiro. Soluções de mercado que ampliem o alcance do Pix globalmente já estão em análise.

Para Gomes, a evolução do Pix não virá apenas com novas funcionalidades visíveis, mas com transformações mais profundas, como Pix em garantia, duplicata e integração com crédito. “Vai ser uma revolução silenciosa”, afirma.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.