Foto: Reprodução / LinkedIn
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A Visa anunciou que sua tecnologia baseada em inteligência artificial bloqueou mais de US$ 90 milhões em possíveis fraudes no Pix em apenas seis meses de testes no Brasil. A solução, chamada A2A Protect, ainda está em fase piloto, mas já analisou quase US$ 500 bilhões em pagamentos instantâneos no período, segundo dados da própria empresa.

Com uma taxa de detecção de mais de 80%, o sistema tem como objetivo mitigar fraudes em tempo real, atuando diretamente no momento do envio ou recebimento das transferências. O programa está sendo testado por bancos e plataformas como Bradesco, Celcoin, Digio e Dock.

Como funciona a IA da Visa

A ferramenta combina dados proprietários da Visa com modelos avançados de deep learning, capazes de identificar padrões suspeitos em milissegundos. Com base nisso, a tecnologia calcula um score de risco e envia uma análise instantânea para a instituição financeira responsável pela transação.

A proposta é agir antes da conclusão do pagamento, evitando que a fraude sequer aconteça. A lógica é simples: quanto mais dados e mais rapidez na análise, menor o risco para usuários e instituições.

Segurança como diferencial competitivo

O Pix se consolidou como o principal meio de pagamento digital do Brasil, mas com o crescimento veio também o aumento de golpes e, com eles, a necessidade de soluções escaláveis. A Visa aposta que o A2A Protect será peça-chave na estratégia de bancos e fintechs para conter esse avanço.

A tecnologia já mostrou bons resultados no Reino Unido, onde ajudou a reduzir perdas com fraudes autorizadas e melhorou a detecção em mais de 30%. No Brasil, os primeiros resultados indicam um caminho semelhante.

Para a Visa, trata-se de mais do que um piloto: é um movimento estratégico para liderar o ecossistema de segurança em pagamentos instantâneos.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.