
À medida que a Money 20/20 chegava ao fim nesta quarta-feira (29), em Las Vegas, nos EUA, o quarto dia, denominado “Marketing Wednesday”, reuniu líderes que exploraram os temas centrais da era digital: como personalizar experiências com IA, eliminar atrito na jornada do usuário e reforçar a confiança no ecossistema financeiro.
Karin Levi, Head de Marketing de Serviços Financeiros do LinkedIn, ressaltou que “atualmente, os usuários passam de destinatários a arquitetos” de seu conteúdo e serviços. Ela destacou que cerca de 40% dos investidores mais jovens estão dispostos a mudar de assessor no próximo ano por motivos de usabilidade e tecnologia, uma evidência de que personalização já não é apenas marketing, mas estratégia de relacionamento estruturado.
Em um mundo de IA, deepfakes e algoritmos opacos, a confiança surge como um dos ativos mais valiosos, segundo Lili Tomovich, CMO de Experiência da Barclays US Consumer Bank. “Estamos entrando numa era assustadora. A confiança será uma das moedas mais importantes do mundo moderno”, disse.
Encerramento da Money 20/20
Ron Shevlin, Chief Research Officer da Cornerstone Advisors, afirmou que o engajamento verdadeiro começa com a definição clara de “o que um bom cliente representa” e “comportamentos que geram lealdade”. Ele alertou que a interação humana diminuirá enquanto agentes de IA assumem papéis crescentes.
Já Becky Reed, COO da BankSocial, apontou que a comunidade DeFi se engaja publicamente em plataformas como X (ex‑Twitter), e que os bancos tradicionais não estão alcançando a geração Z nem completamente os millennials.
O encerramento do Money 20/20 reforçou que o setor financeiro está migrando da eficiência técnica pura para uma fase onde experiência, decisão orientada por IA e confiança serão as linhas condutoras da transformação.