SoftBank Vision Fund

SoftBank demite 20% dos funcionários para focar em IA

Visão estratégica de Masayoshi Son mira infraestrutura de IA com reestruturação de equipe

Foto: Divulgação
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O SoftBank Vision Fund demitiu cerca de 20% de sua equipe global, como parte de uma reestruturação voltada para reforçar os investimentos em inteligência artificial. Com mais de 300 colaboradores ao redor do mundo, essa foi a terceira rodada de cortes desde 2022 e marca uma guinada definitiva na estratégia do fundo liderado por Masayoshi Son, segundo o “Finextra”.

A decisão vem no mesmo momento em que o Vision Fund registra seu melhor trimestre desde 2021, impulsionado por valorização em empresas como Nvidia e Coupang. Mas a prioridade agora é outra: abrir espaço para uma atuação mais agressiva no mercado de IA, investindo em infraestrutura como chips, data centers e modelos de base.

SoftBank mira infraestrutura pesada de IA

Nos últimos 12 meses, Son investiu US$ 9,7 bilhões em IA, incluindo aportes na OpenAI e em empresas como Graphcore, Ampere Computing, além de Intel e Nvidia. A estratégia é clara: sair de um portfólio pulverizado de startups e focar em projetos de alta convicção, capazes de liderar a transformação da próxima década.

Um porta-voz do grupo declarou que a reorganização busca garantir alinhamento com a nova visão de longo prazo: fazer apostas ousadas e gerar valor sustentável para os stakeholders. A mensagem é direta: quem ficou, estará no front da corrida pela supremacia em IA.

O movimento também evidencia uma tendência mais ampla no setor de tecnologia, onde reestruturações agressivas estão sendo usadas para liberar recursos e redirecionar talentos para áreas estratégicas. No caso do SoftBank, o recado é claro: o futuro da empresa passa, necessariamente, pela inteligência artificial.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.