A Let’s Money conversou com exclusividade com Murilo Rabusky, Co-Founder e CMO da Lina, empresa que está transformando o sistema financeiro com inovação e tecnologia. Referência em infraestrutura de Open Finance, a startup apresentou no Febraban Tech 2025 cases reais que mostram o impacto concreto dessa inovação no mercado.
Foto: reprodução / YouTube
“O Febraban deste ano teve como tema a aceleração do setor financeiro na era da inteligência artificial, e a IA conversa totalmente com o ecossistema do Open Finance [...] nossos cases demonstram o potencial para processos voltados como o onboarding digital de pessoa jurídica, [...] e também para processos de análise de crédito”
Vale destacar que o Open Finance, hoje, só no Brasil, conta com mais de 55 milhões de usuários únicos e mais de 80 milhões de consentimentos ativos, de acordo com levantamento divulgado pela EY no evento “Open Talks EY 2025” – a pesquisa levou em consideração ao menos 50 executivos do mercado, buscas no Google e queixas no site Reclame Aqui.
Para o CMO, esse avanço significa um mar de oportunidades para instituições financeiras que desejam criar jornadas digitais mais eficientes e centradas no cliente.
“O Open Finance já é utilizado por mais de 30% da população bancarizada no Brasil [...] A Lina está aqui para ajudar a impulsionar ainda mais empresas e instituições a aproveitar essas oportunidades”
Cenário em transformação
Apesar do avanço significativo do Open Finance em 2025, os dados do ano anterior mostravam que o cenário era bem diferente. Segundo pesquisa elaborada pela consultoria de tecnologia Capgemini, o conhecimento do termo “Open Finance” permaneceu estagnado em 64% entre 2023 e 2024, sem ampla disseminação entre o público geral.
A percepção era de que o conceito ainda não era popular. Nesse período, menos de 10% das pessoas compartilhavam informações sobre o tema entre seus círculos pessoais. O gráfico a seguir revela as principais razões que, à época, freavam a adoção da tecnologia:
Fonte: Estudo Capgemini (2024)
No entanto, o ecossistema avançou da fase inicial de desconhecimento, em que poucos sabiam do que se tratava, para um estágio mais maduro. Hoje, 65% das buscas por “Open Finance” no Google já demonstram intenção direta de adesão, enquanto 97% das reclamações registradas no Reclame Aqui apontam que os consumidores compreendem o propósito do sistema.
Essa melhoria no entendimento, entretanto, ainda não se traduz de forma consistente em valor percebido, dado que 62% das instituições financeiras afirmam que o Open Finance ainda não gerou retorno efetivo. Os principais obstáculos apontados são operacionais, como a percepção de baixa qualidade dos dados e o uso restrito das APIs.
