
A corretora digital Robinhood entrou com um pedido na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para lançar o Robinhood Ventures Fund I, um fundo de capital aberto voltado a startups. A iniciativa busca democratizar o acesso a investimentos em empresas emergentes, tradicionalmente restritos a investidores credenciados e fundos de capital de risco.
O objetivo declarado da Robinhood é permitir que investidores de varejo participem dos ganhos das companhias de maior potencial antes da abertura de capital, em setores como aeroespacial, defesa, inteligência artificial, fintechs, robótica e software, segundo o “TechCrunch”.
Robinhood democratiza investimentos
Atualmente, apenas investidores qualificados contam com instrumentos regulares para comprar participações em startups. A proposta da Robinhood pretende mudar esse cenário, ampliando o leque de opções para o público geral.
A iniciativa, no entanto, ainda carece de detalhes. O pedido não especifica quantas ações serão ofertadas, quais startups estarão na carteira inicial ou qual será a taxa de administração.
Contexto e polêmicas
A Robinhood já esteve no centro de controvérsias em produtos voltados a investidores de varejo. No início de 2025, lançou na União Europeia tokens vinculados ao preço de ações privadas como os da OpenAI — iniciativa duramente criticada por falta de clareza, já que os tokens não representavam participação real nessas empresas.
Diferentemente daquela experiência, o Robinhood Ventures Fund I adota um modelo mais tradicional, próximo ao de fundos mútuos como o ARK Venture Fund, que já detém participações em nomes como Anthropic, Databricks, OpenAI e SpaceX.
Ainda não há previsão de lançamento do novo fundo, e a empresa não comentou por estar em período de silêncio regulatório.