
A Zerohash tornou-se o mais novo unicórnio de criptoinfraestrutura ao levantar US$ 104 milhões em uma rodada Série D liderada pela Interactive Brokers. A avaliação de US$ 1 bilhão coroa uma tese simples: oferecer a bancos e fintechs a espinha dorsal para operar produtos baseados em blockchain de negociação de criptomoedas a stablecoins e tokenização. Investidores estratégicos incluem casas financeiras que já mantêm relação comercial com a empresa, reforçando o caráter de expansão com clientes âncora.
A companhia, fundada em 2017, opera no modelo “infraestrutura como serviço”, permitindo que instituições lancem experiências cripto sem construir toda a camada regulatória, de segurança e de liquidação. O apelo é reduzir tempo de implantação e risco operacional, mantendo compliance e controles em linha com exigências de grandes instituições. Segundo a liderança, a nova rodada será usada para acelerar as três frentes de produto — cripto, stablecoins e tokenização — em parceria com clientes globais.
Zerohash como ponte entre finanças tradicionais e on-chain
O movimento sinaliza uma maturidade maior do mercado, segundo o “CNBC”. De um lado, corretoras e bancos buscando produtos com liquidez e governança; de outro, usuários demandando pagamentos mais rápidos, 24/7, com liquidação e custos previsíveis. Nesse tabuleiro, a Zerohash se posiciona como camada de conectividade: oferece trilhos para negociar bitcoin e ether, integrar stablecoins em fluxos de caixa e levar ativos tokenizados a carteiras e plataformas já conhecidas pelo cliente final.
A presença de investidores industriais dá pistas sobre a rota de adoção. Parcerias já existentes com grandes players facilitam a expansão para casos como funding e liquidação via stablecoin, on-ramp/off-ramp para varejo e B2B e serviços de custódia e compliance embutidos. Ao mesmo tempo, a leitura de mercado é que o ambiente regulatório norte-americano se tornou mais receptivo em 2025, encorajando incumbentes a reativar roadmaps de cripto suspensos nos últimos anos.
Para o ecossistema, a rodada tem efeito multiplicador: coloca holofote na camada de infraestrutura, menos visível que carteiras e exchanges, mas essencial para escalar serviços com segurança e previsibilidade. Para a Zerohash, o desafio agora é transformar o impulso financeiro em ganho de share, mantendo níveis bancários de resiliência, auditoria e risco. Se entregar, vira padrão de mercado. Se tropeçar, abre espaço para concorrentes. O capital e os clientes já apostaram na primeira opção.