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Enquanto o Open Banking engasga no Canadá, aqui no Brasil tem player puxando o ritmo da inovação. A Experian está migrando para a AWS com foco em IA generativa, a Núclea avança com IA e blockchain para resolver dores do mercado, e o Pix Automático segue gerando dúvidas entre os brasileiros. Spoiler: muita gente ainda não entendeu o que muda.

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A Experian deu mais um passo na sua estratégia de transformação digital e firmou um acordo estratégico de 10 anos com a AWS para migrar seus sistemas para a nuvem. Com a migração dos mainframes e servidores locais, a Experian passa a operar de forma centralizada na nuvem, o que permitirá redução de custos operacionais, tempo de resposta mais rápido e processamento de dados em tempo real.

“Reduzimos nosso tempo de processamento de dados em 60%, melhoramos nossa capacidade de lançar novos produtos de meses para semanas e agora conseguimos analisar dados de crédito em tempo real”, afirmou Rodrigo Rodrigues, Diretor de Tecnologia da Experian.

A Experian já trabalha em mais de 100 casos de uso com IA generativa junto à AWS. As aplicações vão desde automação de processos internos até o desenvolvimento de produtos financeiros baseados em dados preditivos e personalização avançada.

O objetivo vai além da modernização da infraestrutura: a empresa quer usar inteligência artificial generativa para criar produtos financeiros com mais agilidade, segurança e poder de análise.

A parceria sinaliza um movimento claro: players de dados e crédito estão colocando IA generativa no centro da estratégia — não como um experimento, mas como motor real de eficiência e produto. A aposta da Experian também mostra como a migração para nuvem deixou de ser uma etapa de infraestrutura para se tornar um pilar de inovação financeira.

Para o mercado, o recado é direto: quem não tiver dados organizados e prontos para uso em tempo real, vai perder tempo e clientes. “A Experian demonstra como organizações podem reinventar suas operações com inteligência e escala”, reforçou Scott Mullins, Diretor Geral de Serviços Financeiros Globais da AWS.

Na mesma semana da divulgação da parceria, a AWS apresentou novas ferramentas de segurança na conferência re:Inforce 2025, reforçando que inovação e proteção devem andar juntas. Os destaques incluem:

A AWS também anunciou autenticação multifator (MFA) obrigatória para contas root e novos controles de identidade — fundamentais em ambientes de IA generativa.

Apesar de ter sido incluído no orçamento federal de 2024, o Open Banking canadense ainda está travado. A proposta visava dar aos consumidores mais controle sobre seus dados financeiros, com consolidação de informações em uma única interface e possibilidades como uso de pagamentos de aluguel no score de crédito. Mas, até agora, falta legislação complementar para credenciar fintechs e padronizar o acesso das instituições financeiras.

Com a instabilidade política e a ausência de um novo orçamento, não há clareza sobre os próximos passos do governo. Enquanto isso, os bancos tentam avançar com soluções próprias e o mercado segue apoiado em screen scraping — prática considerada insegura por especialistas por permitir acesso total às contas via login, sem granularidade no controle de dados. Resultado? O Canadá ficou para trás na corrida global por um Open Finance seguro e escalável.

A Núclea apresentou no Febraban Tech 2025 duas frentes práticas de inovação: uma solução com blockchain para criar mercado secundário de consórcios e outra com IA para automatizar a coleta de poderes de clientes PJ.

“A blockchain está por trás, mas o que resolvemos é uma dor concreta do consórcio. Com IA, queremos simplificar a coleta de poderes e firmas PJ para grandes empresas”, disse Rodrigo Furiato, VP de Negócios, ao Let’s Money.

Nos vemos na próxima edição!

Agora todas terças e sextas.

Abraços,

Equipe Let’s Money