
Enquanto o Pix bate recordes de volume, o crime digital corre solto, e empresas como a Data Rudder viraram peça central na contenção de fraudes. De janeiro a setembro deste ano, a startup de Florianópolis impediu R$ 19,3 bilhões em transações fraudulentas por meio da sua plataforma DeLorean Antifraude Transacional.
Foram mais de 11 milhões de operações bloqueadas em tempo real, graças a uma tecnologia capaz de analisar padrões de comportamento, conexões com redes suspeitas e históricos de uso, tudo em menos de 200 milissegundos, segundo o “NSC”.
Startup que nasceu para o pix
Fundada por Rafaela Helbing (cientista de dados) e Thais Nolasco (UX designer), a Data Rudder nasceu para o Pix e não como adaptação de sistemas antigos. Sua plataforma já está integrada a mais de 150 instituições financeiras no Brasil, incluindo bancos, cooperativas e fintechs.
A empresa atende exigências do Banco Central, inclusive a Resolução Conjunta nº 6, que permite o compartilhamento de indícios de fraude entre instituições. No portfólio, além da DeLorean, estão ferramentas como o DataBusters (fraudes sistêmicas), Monitora PLD-FT (lavagem de dinheiro) e a Watchlist (cartões), criada em parceria com a Abecs.
Ambição regional e olho global
A meta é ousada: chegar a 20% do volume total de operações de Pix até o fim de 2025. Com um aporte Série A de R$ 10 milhões liderado pela LA Venture Builder, da B3, a empresa também mira a internacionalização. Já monitora sistemas similares na Argentina (MODO), Peru (Yape) e Costa Rica (SINPE Móvil), onde o combate a fraudes ainda é fragmentado.
A expansão do Pix transformou a cibersegurança em uma nova fronteira de inovação e startups como a Data Rudder estão no centro desse jogo.